O girassol, objeto trôpego, observa. A coisa que é o sol, na embriaguez de tantos giros, arregala olhos e se espanta. Quer privacidade e sugere que a flor imensa, descabelada, descanse um pouco. O objeto tropeça no tédio, e olha, invertebrado, cada um dos movimentos circulares e mínimos do círculo quente. Acordo tácito, monotonias. Objeto fixo na insensatez gigantesca da bola quente. Uma bola que gira para sempre. E um objeto de olhar eternamente escravizado.
2 comentários:
Fico um tempinho sem vir aqui e encontro não um, mas vários novos textos?
Me lembro do Caetano, com uma das frases com que mais me identifico na MPD: "como é bom poder tocar um instrumento".
Como é bom, né? Poder escrever...
Beijo
Amiga Sol, obrigado pelas imagens.
Chorik Girassol.
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