quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Roda-viva

Para Chorik, um pouco de experimentação com as imagens



O girassol, objeto trôpego, observa. A coisa que é o sol, na embriaguez de tantos giros, arregala olhos e se espanta. Quer privacidade e sugere que a flor imensa, descabelada, descanse um pouco. O objeto tropeça no tédio, e olha, invertebrado, cada um dos movimentos circulares e mínimos do círculo quente. Acordo tácito, monotonias. Objeto fixo na insensatez gigantesca da bola quente. Uma bola que gira para sempre. E um objeto de olhar eternamente escravizado.

2 comentários:

Verbo Feminino disse...

Fico um tempinho sem vir aqui e encontro não um, mas vários novos textos?

Me lembro do Caetano, com uma das frases com que mais me identifico na MPD: "como é bom poder tocar um instrumento".

Como é bom, né? Poder escrever...

Beijo

Anônimo disse...

Amiga Sol, obrigado pelas imagens.
Chorik Girassol.