Atravesso a nado a sala distinta. Dou braçadas enérgicas para chegar à praia da casa, minha cama. Beijo o lençol na superfície da areia e agradeço o acolhimento das quatro paredes desta ilha. Deixo para trás o passado continental, pendurado em calendário de equívocos e sobressalto. Esqueço o tráfico, a bomba, a faca, a gordura, a noite das esquinas e os fios elétricos. Reconheço a verdade da ilha que recebe um corpo cansado e faz de mim o náufrago conciliado, em seu porto desenhado, na volúpia de sombras e frutas.
7 comentários:
Névoa?
obrigada pelo comentário.
lindo teu texto, acho que temos sim, uma doçura parecida.
beijo grande.
oi, eliana!
gostei do blog!
adorei os escritos, muito bons!
Aaai, lindona.
Várias ilhas por aí.
beijos
Sua escrita suscita imagens inusitadas, incomuns. Parabéns!
Nossa!
Muito lindo.
Adorei.
Quer lugar mais acolher que nossa cama, depois do colo materno?
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