Ao amigo que nunca tive, talvez chamado Pedro, talvez Paulo, talvez imaginário
Ao reunir as peças, notei a ausência da quarta parede. Isso fez todo o desequilíbrio e naufrágio do quarto. Cada rajada de vento que a janela convidava, fazia desmoronar nossas memórias. O relógio de areia tem um modo justo de observar seus equívocos. Nada se altera enquanto você faz o assassinato das formigas. Suas dores, seus dias de nuvem e todos os objetos que você traz na mala, uma síntese desconexa da sua passagem pelo mundo. A máscara colada ao corpo criou uma segunda pele. Você quer mesmo que eu cante antes da perseguição do sono. Gesto de pedras. Os lírios estão acesos. Disseram-me que o cego dormiu nas trevas. O vento está em câmara lenta. E todas as rainhas preparam seus melhores vestidos.
P.S- nem tudo que acontece nos blogs é real, mas continuo acreditando que os sentimentos são sempre os mesmos.
2 comentários:
Querida,
Belo texto (como sempre)!
Sei bem da existência de muita fantasia (ou não) nos blogs... porém, como você, ainda acredito nos sentimentos.
bjs
Vim aqui ter por acaso e adorei este blog.
É verdade que nos blogs tudo parece diferente, mas não é igualzinho na vida real?
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