quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Jogo de armar

Ao amigo que nunca tive, talvez chamado Pedro, talvez Paulo, talvez imaginário
Ao reunir as peças, notei a ausência da quarta parede. Isso fez todo o desequilíbrio e naufrágio do quarto. Cada rajada de vento que a janela convidava, fazia desmoronar nossas memórias. O relógio de areia tem um modo justo de observar seus equívocos. Nada se altera enquanto você faz o assassinato das formigas. Suas dores, seus dias de nuvem e todos os objetos que você traz na mala, uma síntese desconexa da sua passagem pelo mundo. A máscara colada ao corpo criou uma segunda pele. Você quer mesmo que eu cante antes da perseguição do sono. Gesto de pedras. Os lírios estão acesos. Disseram-me que o cego dormiu nas trevas. O vento está em câmara lenta. E todas as rainhas preparam seus melhores vestidos.
P.S- nem tudo que acontece nos blogs é real, mas continuo acreditando que os sentimentos são sempre os mesmos.

2 comentários:

leve solto disse...

Querida,

Belo texto (como sempre)!

Sei bem da existência de muita fantasia (ou não) nos blogs... porém, como você, ainda acredito nos sentimentos.

bjs

Anônimo disse...

Vim aqui ter por acaso e adorei este blog.
É verdade que nos blogs tudo parece diferente, mas não é igualzinho na vida real?