domingo, 7 de novembro de 2010

Cartas de amor

As cartas de amor são nosso espólio. A garantia de que ali onde não vemos mais nada, houve um amor. Que tenha sido desmontado pelos medos ou erros, que importa? Lá, onde escrevemos as cartas amorosas, resta a fragrância essencial. Houve um amor ali. E há como provar. É preciso coragem de lembrar, de rever as cenas de beleza explícita, as palavras carinhosas, as noites intermináveis em que tudo desaparecia e a presença do amor embriagava. A presença do amor criava um mundo à parte, onde residíamos, ávidos. Olhando a marca dos dias que passaram neste calendário, parece que já passou tanto tempo. Olhando para tudo que aconteceu, quem poderá dizer que não houve amor? Era amor. E era forte. E foi bom demais. Tão bom, que decido lembrar, para sempre.

5 comentários:

Noslen ed azuos disse...

dos amores do passado lembro das músicas, do sabor dos bombons de licor e das cores das miçangas; lembranças .

muito bom te ler!
bjs
ns

Anônimo disse...

Dos amores antigos guardei os sorrisos, na gaveta dos sentimentos incontidos, também chamada saudade.

dansesurlamerde disse...

um tal Pessoa diria que cartas de amor são ridículas. somos bastante ridículos, eu me conformo.

beijo.

Renata (impermeável a) disse...

acho que tem amores.... que duram para sempre, aliás, os grandes e verdadeiros amores duram para sempre.....................

Anônimo disse...

Fiz uma brincadeira com suas cartas de amor. Quando der, vá lá ver. A postagem chama-se Espólio.