Deixar o medo entrar,
Servir um chá com biscoitos
Buscar assunto, falar do tempo.
Deixar o medo abrir,
uma a uma,
todas as gavetas.
Olhar os gestos teatrais do medo
jogando no meio da sala
todos os seus segredos,
e os papéis de bala, bilhetes, cartas, ingresso de cinema, mecha de cabelos, postais, velhos endereços.
Desdenhar do medo,
servir outra xícara de chá,
mudar de assunto,
falar do tempo.
Abrir a porta para o medo partir,
atear fogo aos restos de toda uma vida,
expostos no chão da sala,
e sorrindo lembrar
que o medo também morre.
13 comentários:
Lindo, lindo, lindo. Posso levar para o meu blog?
tudo o que chega, vai. com o medo tem de ser assim também. ficaram bonitos teus versos.
beijos.
Incrível!!!! Delicado e forte... Não sei bem ainda como comentar, estou na sensação...
Chorik,
mi blog, tu blog!
Besos.
Ah! O medo e eu somos velhos conhecidos, tem até um quartinho aqui em casa só para ele!
Beijos "desmedidos".
Ita,
gosto de você por aqui. E estou devendo visita na tua casa.
Perdoe a ausência.
Estou em tempos de estréia nuns palcos. Quem sabe conto depois, por aqui e coloco fotos...
Beijos
Leti,
você, que está mergulhando na força da poesia, me alegra e honra chegando aqui, toda sensação.
Vem logo, pra gente fazer farra de café e poesia.
Não estou mais longe...
Vou pra mais perto do coração selvagem, você sabe...
Beijos
Mauro,
posso conhecer teu quartinho do medo?
Podemor rir dele?
Beijos,
Eliana, reabriu a casa! Ufa, pensei que eu tinha sido barrada!
Meu medo mora numa mansão.
Belo poema o seu.
Pedido de leveza, num dia em que a vida me parece bem pesada.
um beijo
Nossa, servir chá para o medo! Muito bom mesmo! Bjs
Bonito, E. Já acabei a leitura de todos. Estou esperando uma horinha com calama para escrever um e-mail.
Lindo, Eliana. Lindo. Bjs
Lindo...
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