Não me impeça de te amar agora
Quando este amor veste roupas impossíveis
Não tenha medo que eu te siga
Quando você vai ao circo com seus filhos
Um amor assim, fora do tempo e impublicável
É o único amor que eu tenho
E te amo tanto, que posso amar sua mulher
E amo também os seus defeitos
Tenha paciência comigo, se me encontrar na rua
Com olhos vidrados, na frente da sua casa
Fazendo desta casa meu brinquedo
Desejo que se exibe na vitrine
Recebe meu amor de criança pobre
De olhos fixos na vitrine da confeitaria
Sem um centavo disponível
Mas dona de dois olhos gulosos.
Deixa eu te amar nos meus sonhos
Deixa eu te amar no cinema
Amo a sua mãe, o seu carro
Sua história, e os seus medos
Recebe meu amor proibido
Amor fora de hora
Amor que não cabe na vigília
Amor que pode dar cadeia.
Mas que é amor perfeito,
Quando estamos nos meus sonhos.
6 comentários:
Lembrei daquele filme... como era mesmo o nome... com o Michael Douglas e a Glenn Close. Eu, hein! rs
Oi querida Eliana!
hibernei na caverna da escuridão onde me alimentava da escuridão...acordei num beijo de luz e me alimentei de sua escrita com fome de amor!
beijos
ns
Adorei, Eliana. E que imagem linda: a da criança pobre olhando a vitrine com o olhar guloso. Amor proibido, fora de hora, amor perfeito. Lindo! Bjs
adorei.
adorei.
Inacreditável. Ainda existem poetisas. É com o sentimento de quem se ver diante do maravilhoso que li seu poema. Durante a vida inteira li poemas de poetas vivos procurando alguém que de fato fizesse poesias e não fosse apenas um aspirante a tentar descobrir se tinha realmente nascido para ser poeta, e aí quando li seus textos/poemas descobri que estas pessoas existem, não estão extintas.
Parabéns.
Beijos. Saudades.
Seu blog não é feio, rs, não mesmo, encontrei aqui textos lindos, daqueles que fazem suspirar, ai ai...
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