Talvez a fala breve de uma folha,
talvez o gesto leve de um inseto
talvez o grito alto de um tigre
Em mim, essa conversa alucinada
de ser eu mesma e quase outra,
uns pés a frente e a alma longe.
Acordo, diariamente, neste corpo,
Belisco o corpo e então me certifico,
que ainda sou, idêntica e cópia,
na fala breve, feito folha,
no gesto leve, feito inseto
no grito alto, o meu tigre.
7 comentários:
esses muitos que nos habitam, não é mesmo?
esses seres e corpos que são também nossos.
achei perfeita tua construção!
tem poema também lá no um-sentir :)
beijos!
Italo, querido,
passei por lá, e tem mais que poemas.
Tem muita sensibilidade e partilha.
Beijos
Adorei E, vc sabe.
Somos tantos, tantas...
Bjs, Li.
Somos como um diamente, várias facetas, algumas ainda não visíveis e cada um dos diamantes diferente do outro, porque não há dois diamantes iguais no mundo.
Prometi a mim mesmo não mais terminar meus comentários com um trocadilho vil, ah ah ah.
Beijos.
Li, quer trocar de corpo comigo, como nos filmes?
Amei demais esse. O final, então, meu Deus, é grandioso.
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