sábado, 8 de agosto de 2009

Saudade de ter leitores

A tarde dói. Estou sentada no asfalto escuro e liso. Não faz calor nem frio. Não vejo automóveis. O asfalto é tão limpo que parece de mentira. Asfalto escuro e liso compondo uma estrada sem fim. E minha vida é apenas isso, agora. Eu, triste como a tarde. A tarde, quase noite, quase escura. O asfalto, passagem futura de vaga-lumes sem cérebro e sem dores. Uma estrada que vai levar para o nada. Me incomoda que haja o asfalto liso e nenhum objeto que eu possa usar, para meu deslocamento deslizante. Retiradas as asperezas, não se completa uma visão de estrada. A estrada de brinquedo, a vida sem gosto na tarde que dói.

8 comentários:

Diversidade.com disse...

VC TEM LEITORES!

Eliana Mara Chiossi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Andréia M. G. disse...

Fique triste não! Seus leitores estão aqui!!!!! Eu não comento sempre, mas leio tudo que vc escreve. Seu blog está na minha lista de favoritos. Bj

Georgio Rios disse...

Lí, olha nós, teus leitores aqui, no também asfalto, lendo estes caminhos que inscreves e escreves, em nosso peito.

Késia Moura disse...

Sabe o que sinto, eu mesmo perdi o tempo pro blog, época de volta ás aulas, mas sempre passo aqui..
Vc é mara*

Anônimo disse...

Ai, ai, o ser humano sempre insaciável, insatisfeito...É bom de vez em qdo uma tarde triste , sem nada, "sem asperezas no asfalto"... É a tua tarde, o teu momento, a vida te dando horas q serão só suas ...

Lidi disse...

Eu também não comento sempre, mas estou sempre por aqui. Beijo.

Anônimo disse...

A menina saiu para ganhar o mundo e ganhou. O mundo tem inscrições sempre abertas para o talento. Te acompanho sempre.