Tirou os sapatos e seguiu a estrada sem ruídos. Canção breve, nova alegria destacada. Nem sal nem estátuas, o passado esgarçado e diluído. Seguia o vôo impreciso dos insetos. Nenhuma máquina de marcar o tempo. Pés confiantes. Sempre o norte, sempre o horizonte. Sentiu falta de uma lembrança. Aguçou os sentidos para algum aroma conhecido. Nada semelhante. Tudo cercado pela novidade. A notícia veloz, acelerada. A pele exigindo as carícias do vento. Os pensamentos em roda, a roda das infâncias. Duas crianças na sombra. Brinquedos espalhados. Ventos. Louças quebradas. Alegria. E o amor. Residente silencioso da casa que vai surgir, tijolos endurecendo, sol da aliança.
2 comentários:
bonito!
Bonito é você ser a primeira, e eu te dizer que pensei nas nossas conversas quando escrevi.
Beijos
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