Para Elaine Hazin
Quando chove muito, gosto de ficar em silêncio. Chuva que não pára é exatamente igual a uma pessoa que tem muito para dizer. E diz coisas que preciso ouvir. Então, preciso ficar quieta, me movimentar pouco e apurar os sentidos. Ouvir. Cessar em mim a vaidade e o escândalo. Deixar de ser quilha, ponta, frente, flecha. E me transformar em água pura. Água que é substância própria de ajuste e acordos. Enquanto esta chuva desaba e insiste, me preparo para ficar deitada, em silêncio, no meio de uma revolução pura.
Quando chove muito, gosto de ficar em silêncio. Chuva que não pára é exatamente igual a uma pessoa que tem muito para dizer. E diz coisas que preciso ouvir. Então, preciso ficar quieta, me movimentar pouco e apurar os sentidos. Ouvir. Cessar em mim a vaidade e o escândalo. Deixar de ser quilha, ponta, frente, flecha. E me transformar em água pura. Água que é substância própria de ajuste e acordos. Enquanto esta chuva desaba e insiste, me preparo para ficar deitada, em silêncio, no meio de uma revolução pura.
4 comentários:
pois...e lendo isto 2:00 da madrugada começou chuver, também, aqui em são paulo.
ô chuva, eu peço que caia devagar...
Própria quando não são enchentes, né nega?
(gosto muito muito de chuva...)
Lembrei do misterioso Brown:
"Ô chuva, vem me dizer
Se posso ir lá em cima prá derramar você
Ô chuva, preste atenção
Se o povo lá de cima vive na solidão
Pode ser lágrimas de São Pedro
Ou talvez um grande amor chorando
Pode ser o desabotoado céu
Pode ser coco derramando"
Essas noites de muita chuva são misteriosas.
E a vida continua seguindo o seco...e a chuva continua caindo forte.
Postar um comentário