Pela manhã, o deserto me visita. Expõe a horizontalidade sutil. Finjo que estou surda e agito os braços. Ao longe, a semelhança diz que sou cigana. O deserto revira minhas gavetas. Expõe para o público da rua todos os meus nomes antigos. Leiloa cenas descartadas. O deserto me visita pela manhã e expõe meu medo de avião. É manhã na casa alheia, o deserto me visita e embala meu corpo em dança descontínua. Apresenta as tempestades de areia e garante que oásis são feitos de papel.
5 comentários:
Manhã, eterna inauguração. O nada, o deserto, o só, a solidão... lembranças...
Também passando com calma e igualmente gostando do que até agora li.
Abraços!!!
Ei minha linda. Gosto demais de seus quase hai kais...
Beijão!
Um deserto com oásis de palavras.
Um beijo.
Oáses são feitos de palavras suas.
Muito bom. O deserto é foda.
Postar um comentário