segunda-feira, 9 de junho de 2008

Mexicanas

Cristais quebrados. Era um baile de máscaras e eu não sabia. Cristais quebrados. Você sentado, observando meus movimentos. Cochichos. Murmúrios. Silêncios. Cristais quebrados. Eu tenho gestos estabanados. Eu falo o que penso. Eu sinto o que penso e falo. E falo coisas disparatadas. E me sinto arruinada, quando você me recorta em mil pedaços. Qual é a colagem que vai agradar você? Como será a arrumação recortada do que você vê em mim. Eu, milhões de folhas espalhadas no chão. Eu, pedaços minímos de mínimos confetes. Eu, dispersão de idéias. Eu, moléculas de cristais quebradas. Nenhuma reconstituição possível. Me habita agora um cansaço antigo. Mora comigo nesta noite uma desilusão velha, ranzinza. Uma desilusão que anda pela casa, arrastando as chinelas e dizendo: eu te avisei, eu te avisei.

10 comentários:

Anônimo disse...

Pare de trabalhar com a desilusão. Você é mais bonita falando de coisas bonitas.
Sem cristaleiras quebradas... é tempo de construção.
Gosto disso aqui, sabe?
E teu colar é mesmo muito bonito.

Anônimo disse...

Só pra te ajudar a ver as coisas...
Acho que Beth é a tua segunda anônima.
Então para de pensar-nos unica. Isso me ofende, me tira uma personalidade que faço questão.
Não é um jogo (e não que eu não goste de jogos), mas seja mais atenta.
Também desconfio que nossos "enamoramentos" sejam distintos.
Fico decepcionada se não percebe que eu sou eu. Quebra cristaleirinhas dentro de mim.

Eliana Mara Chiossi disse...

Clara,

confesso que estou confusa.
Nem quando a Beth escreve eu tenho certeza de que é ela.
Eu conheço a Beth e a Anônima da Beth.
Mas você me engana.
Ah, desilusão é um remédio. Ilusão é que é coisa feia.


Beijo.

Anônimo disse...

Isso responde?

"Segunda-feira, 9 de Junho de 2008
Asfalto no beijo
(ainda em construção ...vou consertar mais tarde..acrescentar mais...)

Fiz as malas. Arriei-as na porta da frente. Eram duas. Duas e meia. Tinha uma valise de mão. Pronto. Agora era só despedir a platonia. Peguei na mão dela. Ela me deu um abraço na porta da sala. Sussurrei baixinho. Preciso sair mais cedo, mas não agora. Na universidade dos meus pensamentos beijei-a. Deixei meu cheiro nela. Sentamos. Ela não olhou mais para mim. Saí de fininho com um grosso beijo de concreto. As aulas de boas maneiras. As falto no beijo. Vou partir. Aqui não volto. Quero colocar barro nos meus beijos. Quero fazer cerâmicas de beijos para ver você vertendo na sua boca o líquido amor meu por você."

Então: eu sou eu. ela é ela.

tá?

Anônimo disse...

ah, esse é o novo post do blog da Maria Elizabeth.

Eliana Mara Chiossi disse...

Ah, Clara, agora está tudo mais claro, mesmo.


Beijos.


O beijo é teu.

Anônimo disse...

Aleluia, né?
risos.

Maria Elisabeth disse...

Maria Elisabeth disse...
Clara.
Agoooooora entendi.
Você é a anônima lá do blog da Mara?!!!
Em nenhum momento eu fui anônima. Você descobriu o que não estava coberto. O meu blog está aí. Você se adiantou e se alcançou...a mim mesmo que não.
Eu estou aqui intacta...inalcançável.
Peace and love.
Beth.

9 de Junho de 2008 19:21

Anônimo disse...

Te avisou e vc já sabe. Sabe há muito tempo. É hora de conselhos e não recriminações.

beijos, flor

Anônimo disse...

Anônima da Beth?
Putz! E eu que pensei que já tinha visto de tudo... rssss

E, Clara,
pra mim não clareou nada. Experimenta desenhar, please.