domingo, 30 de março de 2008

Como proteger o que é humano?

Entre a nova dieta e os rumos da política mundial. Meu domingo oscilando entre a alegria das pessoas presentes, e firmes nos afetos e a desilusão conhecida, de outras, que balançam ao sabor de mistérios tão prosaicos. Uma mala devora meus gestos. Coisas para fazer e uma semana que já bate na porta. O sorriso da apresentadora, a elegância postiça do apresentador. Após os comerciais, anunciam o grotesco. Não tem importância alguma a questão que abre a notícia. Acidente ou assassinato, morreu uma pequena pessoa. Tudo leva a crer que mãos humanas espancaram e mãos ainda humanas cortaram a rede de proteção e outras mãos, humanas, jogaram o corpo de Isabele, uma pequena menina que dormia após uma tarde de brinquedos e festa. Que respostas teremos para esta pergunta? O relato é muito claro: mãos humanas negligenciaram, mãos humanas assassinaram. Qual é mesmo o significado da expressão: humanas? E quem pode determinar onde termina o humano e começa o monstruoso? Minhas dores virtuais e de ficção perdem hoje qualquer sentido. Uma menina morta, por mãos humanas, me deixa sem ter o que dizer.

2 comentários:

Anônimo disse...

Em dúvida sobre comentar. E não tenho resposta para a pergunta.

Quero apenas contar o que senti, hoje, ao tomar conhecimento da notícia.

Tomava, também, o café da manhã e não tive indigestão... Espanto pelo absurdo; raiva pela super-exploração; alguma curiosidade mórbida pelos detalhes; ainda alguma incredulidade...

Finalmente, a próxima notícia. Mas fica a mais profunda desesperança; muda, silente, mas fica.

Anônimo disse...

Tem que se proteger do humano.