quinta-feira, 6 de março de 2008

Borrão

Cada dia é uma força a menos na marca das pegadas. A cada dia que passa, os sons diminuem. Fica muito longe a paisagem que abrigou um amor e seus protagonistas. O hotel e os funcionários treinados para nos oferecer conforto. As águas, disponíveis e vaidosas. A lua que compareceu, exibindo a passagem de uma fase para a outra. Noites sem cansaço, em que tudo lá fora era bom. Entre nós, facilidades. A passagem do tempo sem temores, sem dívidas, sem telefonemas, sem invasões. Nosso quarto era o mundo e antes de entrar nele, tirávamos os sapatos. Era um templo. Obedientes e fiéis em louvor, éramos dança e alegria.

Um comentário:

Anônimo disse...

O melhor que tem quando um amor acaba é a possibilidade de nascer outro. Hotéis e funcionários treinados, haverá sempre.