Posarei nua para teus desenhos
e antes da pele, exibirei os véus,
meus movimentos para teu empenho
ao fundo tantos tons de azul no céu
No enquadramento em que respirarei
volúpia, graça e arrebatamento,
reposta a cada traço, abraçarei,
meu corpo para o seu contentamento
de ver-me a ti exposta e tão entregue
modelo vivo a compor a tela
mesclando luz e sombra, surge a teia,
prisão perpétua, aquela que te segue,
esta miragem em que pareço bela,
a todo instante, sou teu prato e ceia.
soneto inspirado pela leitura do blog homônimo, Teor da Pele, de Nuno Ribeiro
6 comentários:
uau... toda clássica, toda petrarquista, toda canônica, toda toda...
Sandrinho,
se todo comentário seu aqui no Mundo for assim, gostoso,
venha mais, venha mais...
OLÁ ELIANA
SIGO A TUA PISTA DEIXADA NO MEU JARDIM E ENCONTRO UM BELO SONETO ALEXANDRINO, EU QUE PENSAVA QUE COISAS DESTAS JÁ ERAM DE OUTROS TEMPOS! PARABÉNS POR ESSA VEIA!
TB. GOSTO DE RIMAR, MAS HOJE EM DIA O TEMPO ESCASSEIA PARA ISSO E NÃO SÓ :(...
VOU -TE DEIXAR UM LINK PARA O QUE CONSIDERO O MEU MELHOR POEMA.
BEIJINHOS DESDE LISBOA
LEONOR
TESTAMENTO
CÁ ESTÁ!
Oi, Eliana!
Obrigada pela visita no Vestígios. Bom, meus livros vendem na LDM. Mas se vc não puder comprá-los, entre em contato comigo que dou um jeito.
Beijos,
Renata
Mais impregnante que tatuagem...talvez inspire até mais coragem...
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