quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Tens uma casa, que é meu coração

Amanhã, não preciso acordar cedo para o trabalho.
Escolhi o modo de começar o dia: cola, tesoura e recortes para tua carta.
Quando te escrevo, começo a sentir saudade. Quero tocar teu rosto e não te alcanço. Não quero fingir que não me faz falta saber qual é teu cheiro e como são alguns de seus tiques. Tudo pode ser apenas uma reunião de truques da fantasia, alimentada pela memória e distância.
Desejo teu beijo, desde o início. Enquanto nos conhecemos, imagino como seria, se o beijo acontecesse hoje. Dependendo do dia e da hora, prefiro que não haja beijos.
Estaremos emocionados, felizes, desajeitados. Seremos apenas um abraço.
Um beijo pode danificar nossa amizade? Talvez.
Seremos controlados pelo medo? Ou ao nos vermos, pela primeira vez, não haverá desejo?
Não quero economizar até nos sonhos. Quando estivermos juntos, talvez, mas hoje, neste fim de noite em que eu teria tanto pra te dizer, não permito que haja medo do vexame: se eu te encontrasse hoje, você não escaparia do meu desejo.

Um comentário:

anarresti disse...

cada vez gosto tanto da forma como escreves o desejo, a emoção. cada vez mais.