terça-feira, 16 de outubro de 2007

Ao meu querido colonizador

Ah, nós dois podemos subverter a história, o discurso oficial que relata nossos primeiros encontros. Vamos inventar outras cenas e fazer um brinquedo desse encontro.
Estou aqui, na beira do mar de minha terra, mística sacerdotisa, aguardando tua chegada, nas caravelas do passado. Trago nas mãos o lençol branco e limpo, perfumado com as ervas mais ricas da ilha onde vivo. Teu banho está preparado. Tua refeição, meu Ulisses, feita de frutas e água limpa. Quando as âncoras forem lançadas, e ao longe, eu puder avistar teu corpo cansado da peregrinação pelas águas, já estarei enfeitada, com flores nos cabelos. Tua alegria será feita somente dos abraços, e dos beijos todos ensaiados para teu descanso. Meu colo será o porto da tua alegria e meu corpo será o território para teu prazer.

7 comentários:

anarresti disse...

(nunca sei o que comentar, com os teus textos. sei que gostaria de ler-te em papel, de desfolhar páginas com esta tua escrita sensual, rigorosa como raios de luz riscando a sombra, por vezes enigmática, com magia cintilando).
beijo.

Manuella disse...

Parabéns!
Vc tem uma forma de escrever fluida e delicada.
Beijokas.

Manuella

www.manuella.rg3.net

Eliana Mara Chiossi disse...

anarresti,

quero que você me leia, em papel também.
Ahm comente mesmo sem saber.
Beijo

Eliana Mara Chiossi disse...

Manuca,

estou devendo visitas ao teu blog.
E me aquece tua presença por aqui.
beijocas também.

anjobaldio disse...

Muito bom.

Eliana Mara Chiossi disse...

Anjo,

que bom receber tua visita e tua apreciação.
Estou ensaiando um romance maravilhoso entre esta mulher e o colonizador. idéias que me rondam.
beijos

Fátima Sta Rosa disse...

Eliana,

quanto sensualidade, força e 'terra'na sua escrita! Adorei chegar nessa casa.
Um beijo da sua coleguinha da poesia