quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Novembro

Reviravolta. Um dia de cor estranha.
Luzes indecisas.
Rumores, rumores, rumores.
Que seja azul o céu e sobrevoos.
Que seja quase dourado o brilho insistente deste sol.
E a viagem, o salto, o fim do mundo.
E haveria, nesta paisagem, endereço propício para a substância da vida?
E seria, a paisagem, substância visiva?
E o visível, ilha? Perdição? Desencontro?
A memória de uma chuva definitiva, meteoros enormes e incandescentes, animais gigantes e pretéritos.
Animais que migram para a casa dos sonhos?
Pelo caminho, o talismã multiplicado, a miragem contida nos espelhos.
Um andarilho pensa o mundo que passou. Rememora os rugidos, rememora os gritos, rememora a combustão bélica.
A viagem germinal, a viagem temerária, o medo detalhado, a finíssima inquietação de um andarilho que pensa, rememora e parte.


Um comentário:

Noslen ed azuos disse...

Os cientistas tentam comprovar 1 2 3 e quarta dimensão, a quinta já descobri em suas viagens paralelas .

Bjs
ns