segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Meu amigo triste

Para C.


Eu já estive aí, neste lugar. Acredite. E quase pensei que seria para sempre. Triste para sempre, sem forças para sempre. Mas sempre tem volta, meu querido. E quem nos traz de volta é o amor. As mãos amorosas. Os gestos amorosos. As cartas amorosas. O alimento, o lençol limpo, a paciência, a escuta, um raio de sol teimoso, uns passarinhos fora de hora, algo gostoso feito de chocolate, alguma comédia no cinema com pipoca e guaraná. O amor, meu amigo, que vem de todos os lugares, e vem em doses pequenas, sutis, surpreendentes.
O que eu quero te dar é meu amor, em forma de amizade. Meu amor em forma de lembrança. Dizer que você está aqui, na memória dos dias e na casa do meu coração. A tristeza é uma casa que conheço bem. Talvez até me sinta mais confortável nela. Não sei. O que sei é que as janelas que se abrem para as pequenas alegrias, as alegrias que duram pouco e deixam saudade, estas janelas a gente abre, por que o amor nos protege.
Fique bem!

Tua amiga,

Li

3 comentários:

Anônimo disse...

Não sei quantos amigos C. você tem que estejam assim, mas me serviu demais, de forma que me alimento das suas palavras como quem respira oxigênio no espaço sideral. O amor é o alimento da alma. Não só o que recebemos, mas o que damos. Acredito que a minha tristeza venha da incapacidade momentânea de amar. Preciso reinstalar esse programa. Deu pau no meu sistema de novo.


Bj e obrigado pelo amor fraterno Li.

Muadiê Maria disse...

lindas cartas...

Francine disse...

Sensibilidade!
Um dia você me disse isso.
Só a amizade para ter tal potência.