Para C.
Eu já estive aí, neste lugar. Acredite. E quase pensei que seria para sempre. Triste para sempre, sem forças para sempre. Mas sempre tem volta, meu querido. E quem nos traz de volta é o amor. As mãos amorosas. Os gestos amorosos. As cartas amorosas. O alimento, o lençol limpo, a paciência, a escuta, um raio de sol teimoso, uns passarinhos fora de hora, algo gostoso feito de chocolate, alguma comédia no cinema com pipoca e guaraná. O amor, meu amigo, que vem de todos os lugares, e vem em doses pequenas, sutis, surpreendentes.
O que eu quero te dar é meu amor, em forma de amizade. Meu amor em forma de lembrança. Dizer que você está aqui, na memória dos dias e na casa do meu coração. A tristeza é uma casa que conheço bem. Talvez até me sinta mais confortável nela. Não sei. O que sei é que as janelas que se abrem para as pequenas alegrias, as alegrias que duram pouco e deixam saudade, estas janelas a gente abre, por que o amor nos protege.
Fique bem!
Tua amiga,
Li
3 comentários:
Não sei quantos amigos C. você tem que estejam assim, mas me serviu demais, de forma que me alimento das suas palavras como quem respira oxigênio no espaço sideral. O amor é o alimento da alma. Não só o que recebemos, mas o que damos. Acredito que a minha tristeza venha da incapacidade momentânea de amar. Preciso reinstalar esse programa. Deu pau no meu sistema de novo.
Bj e obrigado pelo amor fraterno Li.
lindas cartas...
Sensibilidade!
Um dia você me disse isso.
Só a amizade para ter tal potência.
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