In progress 1
[outra versão]
Nem é paz, nem guerra,
e estamos nesta arena,
eu sou a moça inflável,
de olhos parados, olhar perdido,
à venda, na vitrine.
Meus braços de títere,
meu corpo de boneca de pano,
minha alma de olhos vidrados
espera suas ordens para mover-se.
Seu olhar é o comandante dos meus gestos
É quase amor,
jogo de cena,
e sou guiada
pela fome
de suas mãos.
O palco, esta cama,
neste quarto,
onde a paixão exibe
a dança do meu corpo, minha entrega.
7 comentários:
Tô quase sacando como você funciona. Quanta pretensão a minha!
Dá para sentir o movimento e, como voyeur, ver a cena.
Abraço.
escolho essa versão.
gostei muito do começo,
não é paz nem guerra, é inércia.
A expressão poética do estar à mercê. Belíssimo! :)
Um bjo,
Bastante bom.
Adorei a ideia da obra em progresso. Intermitente na blogosfera, não acompanhei o passo-a-passo, mas agora li tudo e esse último realmente ficou bem forte, essa ideia-força de um títere na cama. Mas fiquei curioso pra saber o que mais que Chorik descobriu!
Essa já é a versão final, não é? Para mim, está pronto! Muito bom! Bjs
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