Talvez. Se chovesse. Por enquanto, vale aquilo que eu disse ontem. Abro o pacote de biscoitos. Organizados em pares esféricos, com uma porção de recheio entre eles. Abro este par e observo o recheio. Operação cancelada. Entro no cinema e o filme não me faz rir. Nem chorar. Reconheço o sabor do café e vejo que é bom, mas é o mesmo sabor de sempre. Escrevi coisas demais e é cansativo pensar em organizar os papéis. Penso nas árvores derrubadas e talvez o silêncio seja um gesto sublime. Dei alguma função àquelas folhas anteriormente inúteis.: agora são folhas preenchidas. Leio um livro novo e este livro me lembra tudo que já disseram. Não há saída. Nem os biscoitos com seu recheio. Nem os filmes. Nem o choro nem o riso. Nada a dizer que justifique escrever outro livro. Uma árvore não para de dizer coisas novas. Deixo de escrever e serei uma das heroínas das árvores. Procuro uma metáfora gasta. Nenhum chantily vai salvar a massa deste bolo solado. Talvez. Se chovesse.
7 comentários:
Apenas talvez...
Oi, Eliana, muito legal você ter ido ontem. Foi massa. E brigado pela divulgação!! E eu, estreando em papel, devo estar com crédito negativo com as árvores... mas admito que fiquei feliz da vida! Bj.
Lívia, que viaja comigo em certas ondas.... Adoro vc por aqui... Abracinhos felizes!
Nilson, fiquei feliz também... E feliz por vocês, que estavam faceiros!
Sabe q seu comentário me fez rir deste texto, que surgiu num momento meio de mal humor...
Eu estou lendo seus poemas... E tenho gostado muito!
Bj!
Sempre que passo por aqui segue um aroma de boa leitura que me segue...Lindo Dinda!!!
tou precisando que chova em minha vida!!
Belo como sempre, menina.
Eu gostei demais, Li. Como sempre. E não se preocupe com as árvores não, é só replantar ;)
Beijinho.
Manu (ex-aluna, eterna aprendiz)
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