Então é isso, o humor dos ventos. Vida própria dos ventos. No meu estado de folha, conciliação prévia, antes das estradas. Quando estou ácida, sou salva pelo que evapora. Se me apedrejam, grito, e o vento se cala. A construção do cristal, lugar fixo para as dores e desilusões, faz cintilar uma verdade para a vida, que só serve no minuto do brilho: distrações. É certo que a última coisa que morre é a dança do vento. Quando tudo cessar, virá o último vento, convocado. E bailará sobre todas as impressões de permanência. E o que será feito desta última aparição de tudo. Apenas ar , quase parado. Apenas a sensação de que a atmosfera tem peso. Puro silêncio. Silêncio impossível.
7 comentários:
você é muito linda pra ficar de mau humor! Venha, vamos andar pela colina e colher cogumelos...
Texto lindo, sobre os ventos e as calmarias. Só não entendi: Por quê o título "Neve"?...
Beijos.
Como se "Só não entendi:..." fosse algo novo na sua triste e solitária vidinha, pior besta do mundo!
seria fria, insensivel e impenetravel!?
espero que o sol volte logo pra sua vida e você possa se derreter.. :]
belo texto!
beijos amelisticos
O ar em movimento é como eu. Não tem vontade própria para se locomover. É joguete das pressões atmosféricas.
Bjs
Pode não parecer, mas acho no mínimo indelicado, escrever e encontrar comentários que usam este espaço para uma bobagem... O fato é que isto é um blog aberto ao público. E os comentários são espaço aberto.
Então, que eu possa pelo menos dizer que não gosto!
Muito interessante este blogue e esta mensagem.
De uma grande profundidade.
Beijinho
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