segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Perpétua

Dança das sombras no quarto. Palavras derradeiras em forma de pedido. O desejo de quem morre é o contrato e a promessa. Irônica forma de realização de sonhos. Última refeição não tem sintaxe. É apenas a reunião desconexa de vontades. Desejos que se atropelam. Diante da vitrine de doces e brinquedos, a criança acorda faminta. Todo o ritual é brusco, quando a morte dança.

Um comentário:

Mayrant Gallo disse...

Oi, Eliana. Gostei de sua prosa poética: misteriosa e instigante. Virei mais vezes aqui. Aliás, já a estou seguindo... Obrigado por suas palavras no Não leia! Abraço, Mayrant.