O Natal passou e isto aqui não é uma árvore de Natal. Mas nestas palavras posso pendurar verdades provisórias. Amanhã, após a viagem do sonho, os carros vão me dizer que preciso acordar e ligar o termômetro. A explosão foi adiada. Ninguém vai morrer hoje a não ser aquelas mortes já previstas pelos jornalistas e estatísticos. Estou na porta do cemitério mas não sei qual é o cortejo que devo seguir. Alguém morreu e isso me importa. Nunca estive com Flávio, não sei a idade de Deise. Me surpreendo quando descubro que João Gabriel tinha apenas cinco anos. Agora, aprendi que posso chorar antes, no ensaio verdadeiro da despedida. Não sei quem morreu, mas sinto uma dor sem medidas.
2 comentários:
Ei Elianinha,
faz favoire de colocar esse texto entre os meus preferidos, sim?
E falo de conteúdo; você bem sabe que muitas vezes sou incompetente para analisar a forma...
Hummmm!!!!
Dá vazio no coração.
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