segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Noite alta

Quando estou longe de mim, vejo a noite como uma superfície sem sustos. Tábua lisa recortada em ângulo amolecido. Estou alheia e a noite é apenas uma porta, pronta para fechar o dia. Saldo zerado, voz inaudível. Passeio pela calçada irregular. Não sinto os pés que se deslocam, esqueço a pele a proteger-me do vento frio e mau agouro. A noite é uma estrada simples. Sei de cor o céu que me cobre. Céu diário, persistindo. Até que a lua, em vestido de festa, exagera e grita. Uma bola indiscreta, objeto de brincar. Lua, placa luminosa, traz de volta minhas lembranças e a noite vive dentro de mim. Eu, a luz e a ventania.

10 comentários:

Anônimo disse...

Boa noite!

Camila Melo disse...

Amei!!!!

Ainda sonho em escrever assim um dia!


beijoss
=]

Anônimo disse...

Olá!

Você lembra da lua! Não tinha bebido tanto assim, né?...

Rsss...

beijos!

Eliana Mara Chiossi disse...

Mr Almost

sua presença aqui é um momento raro.
Lembre-se de que no Mundo, eu e minhanbiografia aparecemos mixados, diluídos.
Sobre as noites da minha vida em terra estrangeira, estou escrevendo cartas que logo atravessarão o Atlântico.

Abraço feliz!

Eliana Mara Chiossi disse...

RM,

a noite sempre fica boa se eu descubro que estávamos próximos, ainda que tão distantes!

Anônimo disse...

Obrigado, honey.

Beijos.

LÍVIA NATÁLIA disse...

Marinha,

Certas encomendas a gente bota nome na lista e espera, urgente, a chegada do embrulho já meio aberto: desejoso de se entregar!

Me bota na sua lista de fornecidos especiais?

www.inventareus.blogspot.com

Um beijão!

Senhorita B. disse...

Esse "estou relendo" é famoso...
Bjs, querida!

Jana disse...

então dançe com ela rs

beijo

Unknown disse...

"... e a noite vive dentro de mim."...
... isso diz tudo...