Chegou ofegante o menino. E gritava: vi uma árvore com cerejas azuis. Tentei acalmá-lo. Palavras vãs e mal ouvidas. Ele era feito de gestos parciais e total impaciência. Certo de que era desacreditado, mostrou as mãos tingidas de um líquido inquestionavelmente azul. Aquelas cerejas eram a manifestação física de uma heresia. Inconformado com a suposta fraude, remóia argumentos tácitos: não existem cerejas azuis, então esta árvore é falsa, sendo falsa não é uma árvore, portanto, o que vi não existe. Enquanto isso, lambuzado de cerejas amarelas, Deus ria do menino que nunca aprendeu a acreditar em milagres.
8 comentários:
Sorrindo muito...
Também desejo boa noite!
Exaltação. Fervor virtureal.
Menina + menino = peleja de pássaro canoro nas primeiras horas da manhã. Pássaros nas folhagens de árvores de frutos azuis. Cerejas amarelas. Céu azul. Que festival de textos e cores! Have I seen a rainbow here?! Guardemos todas as nossas ervas com cuidado.
Roda o filme Eliana. As cenas estão cada dia mais interessantes de serem lidas. Puzzle 1,2,3...there are interesting! I had fun reading!
Bye for now!
Oi, Eliana, muito prazer também em conhecê-la! Seu blogue é leve, bom de ler!
Obrigada pela visita.
Abraços.
Flor do meu jardim.
Que dia nos vemos mesmo? Pode falar.
Adorei, como sempre.
Beijos. Saudades
Typo:
I meant to say: "Puzzle 1,2,3..THEY are interesting!" (not there are ...)
Maria Elisabeth,
gosto demais das tuas palavras ao redor do que escrevo porque elas vão formando uma outra coisa, que também é lírica.
Fique por aqui. Faça companhia!
Celine, flor do meu segredinho...
Você tem horas que é uma aparição...
Prefiro você, ao vivo e a cores, rindo e me fazendo rir!.
Nos encontramos, então!
Adorei...
Postar um comentário