segunda-feira, 21 de julho de 2008

A viagem de Lídia - parte 5

As mãos firmes de Marcos transpiram. Lídia precisa rever a estratégia. Simula dor de cabeça: Meu bem, estou com um pouco de dor de cabeça. Acho que foi excesso de café. Marcos não quer ser indelicado. Lídia pede a ele que compre um analgésico. O rosto de Marcos deixa claro sua apreensão. Lídia complementa: quero te fazer uma surpresa, amor. Preciso de apenas uns minutinhos. Espero você em frente ao ponto de táxi. Confia em mim. Marcos tem o rosto tenso. Mas obedece. Olha o relógio e sai, acelerado. Lídia se dirige à loja familiar. Uma das vendedoras a trata com intimidade. Em poucos minutos, tem nas mãos alguns modelos de lingerie sensuais. Lídia avalia as condições do humor de Marcos e decide pela lingerie mais ousada, com estampa de oncinha. Paga com dinheiro e deixa o troco com a vendedora amiga. Escolhe o taxista enquanto aguarda o homem assustado e nervoso que é Marcos. Ele chega e visivelmente aliviado, comenta: Querida, você já está aqui! Lídia ataca, dizendo com voz baixa, bem perto do pescoço deste homem ansioso: Meu bem, estou aqui, todinha pra você. Diz isso e passa bem devagar a língua na pele do pescoço de Marcos. Vê sua pele eriçada e sorri, satisfeita. Entram no táxi. O hotel é muito próximo do aeroporto. Lídia decide acertar o valor com o taxista e diz a Marcos que escolha o quarto e peça que resfriem o vinho. Marcos quase tropeça enquanto se dirige á recepção. Lídia sorri, mais satisfeita ainda. Entram no quarto. Lídia percebe que Marcos não quer demonstrar a pressa. Quer parecer superior. Mas sabe que tem apenas três horas e que já perderam tempo. Dá a ela o remédio para dor de cabeça. Ela pede água. Quando ele entrega o copo, as mãos trêmulas denunciam a inexperiência. Lídia diz que está bem e já não precisa de analgésico. Toma um gole de água, insinuando gestos, passando a língua na borda do copo. Pega o embrulho: Marcos, meu amorzinho, eu só preciso de um tempo agora para me preparar. Comprei algo lindo, pensando em você. Quero que seja tudo especial. Sai em direção ao banheiro. Lá dentro, se prepara de forma rápida e eficiente. Abre a porta, permite que ele entre e pede que ele a aguarde na cama, em cinco minutos.
Fecha a porta do quarto e na pequena sala deixa sua bolsa e frasqueira. Coloca a lingerie e se vê num espelho próximo. Vira o corpo. Lídia gosta de sentir o efeito das roupas íntimas que usa. Imagina os melhores gestos. A calcinha tem um fio atrás, sobre o qual está posto um coraçãozinho dourado. Marcos terá tempo de ver a tatuagem delicada que Lídia traz na virilha esquerda. Lídia faz cálculos. Olha o relógio. Abre a porta e vê Marcos sentado na beira da cama, de roupão apenas, já com as taças de vinho. Lídia pega a taça que Marcos oferece, participa do brinde, e mais uma vez, insinua gestos com sua língua passeando, maliciosa, pelas bordas da taça. Pega a taça das mãos de Marcos. Apaga a luz. Diz, sussurrando: agora eu sou toda sua. Sou sua escrava. Quero te dar prazer, muito prazer, meu amor. Lídia ajoelha de frente para ele. Mordisca os lábios. Abre devagar o roupão deste homem faminto e o transforma em rei. Enquanto trabalha, no encontro da sua língua e boca com a pele sensível do pênis, faz movimentos sensuais e geme, convicta. Não tem pressa. Deixa que Marcos chegue ao ponto desejado. Quando percebe a ereção, pede a ele que espere. Há outra surpresa. Marcos não resiste e diz, quase suplicando: não demora, minha gostosa, não demora. Lídia dá a frase que todos os homens desejam: eu sou toda sua, já disse, eu agora sou sua escrava. Lídia coloca o rosto bem próximo ao rosto de Marcos. Está usando saltos altíssimos e coloca um dos pés sobre a cama: meu amor, eu agora sou sua putinha! Passa a língua sobre os lábios ressecados de Marcos: me espera, amor, eu já volto. Fecha a porta, veste apressadamente o casaco comprido. Pega a bolsa, a frasqueira, tira o telefone da tomada, corta a tomada com uma tesourinha, sai sem fazer barulho e leva a chave. Na recepção diz: acorde meu marido daqui a duas horas. Ele está muito cansado. Dá uma gorjeta generosa para a recepcionista do hotel. Lá fora, o taxista a espera. Chega no aeroporto, ansiosa por um espresso.

4 comentários:

Anônimo disse...

Ufa, o final salvou teu texto.

Marcos Rocha disse...

Oi Eliana:

Só pra conferir: não seria esta a parte 5, não? A 4 já tinha sido postada há um semana, ou mais!

Quanto a essa Lídia, além de putinha, é muito sacaninha, convenhamos...

Depois de uma felação caprichada como essa, deixar o cara a ver navios -- e ela própria não ir até o fim, provavelmente estaria toda molhadinha... -- é o fim da picada...

rs rs rs

Vocês, mulheres, são muito sacaninhas. Isso aí que rolou poderia ser considerado um crime de tortura...Os defensores dos direitos humanos (dos machos, claro!) deveriam protestar...

rs rs rs

Abraços,

MR
22/7 - 00:49

Anônimo disse...

O final está ótimo!! Sacaninha mesmo! Lidia nao é fácil. Sente orgasmos em brincar com eles.

Eliana Mara Chiossi disse...

Anônimo: fique anônimo, não. Ufa, que bom que o texto teve salvação.

Marcos Rocha: afinal, você que é um macho com pegada, entende que o seu xará não é de nada... Lembra dele, fingindo que tinha perdido mulher e filhos??? Tudo cascata. Lídia viu a marca da aliança.... Mas isso você vai saber já, já...
Estou adorando sua presença aqui e quando escrevo, fico imaginando sua reação e de RM, meus assessores.
Beijos


Celine, minha flor, você sabe que Lídia tem sido minha mestra, não sabe??? Os portugueses que se cuidem... rs ... Beijos