segunda-feira, 21 de julho de 2008

Portugal

A viagem começa a habitar-me. Traz insetos ágeis que habitam meu ventre. Agita meus pensamentos e quase chega a dar medo. Medo da substância quente que adivinho: alegria.
A viagem começa a me movimentar, toco com pés alados, a beirada de um abismo desejado: o encontro da memória. Ruas pavimentadas de histórias. Sons do fado me embriagando. Sons do fado traduzindo minha disposição para ser triste. Portal das minhas origens. Terra pequena, miniatura de mundos. Minha língua reinventada. Minha língua é o passaporte. Quero ver os nomes das ruas, quero sentir o cheiro que aprendi nos livros. Quero estar de frente para o mar e fechar os olhos. Quero ouvir Lisboa, quero sentir o cheiro e a movimentação diária. Quero driblar a noite de Lisboa. E depois, quero partir, para outros lugares que me falem do país recôndito, terra estrangeira, Portugal.

3 comentários:

Anônimo disse...

à espera :)

Anônimo disse...

Ei baianinha,
bom que tenha tido tempo para escrever de novo. Estou já familiarizado, mas sempre me surpreendem um pouco seus textos curtos e, inversamente, líricos. Correio de sentimentos, pequenos recados em forma de poesia-prosa.

Reforçam em mim a imagem de sofisticada professora de literatura e da mulher corajosa.

Boa viagem.

(sobre a outra viagem, a da Lídia, acho que vou esperar os novos episódios, mas já estou torcendo para o Marcos sair-se da sinuca em que se viu e virar esse jogo para cima da sacaninha... rssssssss)

Anônimo disse...

Boa viagem e intensos momentos, flor!
Sente cada historia dali e traz pra gente...em forma de seus contos maravilhosos.

beijos