sexta-feira, 4 de julho de 2008

Moço bonito

Doçura é um braço bem comprido, que alcança todos os meus pedacinhos. Recantos da minha alma, do meu corpo, do que penso e espalho e espero. Tua doçura é igualzinha a mãos de mãe, dividindo entre os filhos o milho, o arroz, as frutas. O que vem de ti, sem preço, sem pressa, sem respeito a nenhuma ortografia, é este calor em forma de abraço, este conforto de água em dias quentes. Peço tua volta, sonho com nossos dias planejados, esqueço a fome, a violência e os julgadores. Os julgadores adoram seus escândalos. E eu reclamo a falta de cristo e das pedras que todos devem atirar no próprio peito. Amor doce, presença finíssima, iguaria como aquelas, raras, trazidas pelos navegadores. Fica comigo, deixemos o mundo lá fora com seus gritos de poder e seus conjuntos de edifícios desnorteados. Nosso chá, nosso bolo doce e o aroma delicado de canela e alfazema. Aqui, neste quadrado bem medido, dou a ti o poder, meu engenheiro, de lançar as bases da fundação, amor inaugurado, feito de serenidade e calma desilusão.

4 comentários:

Anônimo disse...

"menino bonito...ai"
Ele traz mais vida com seu cabelo desajeitado.
beijos

Verbo Feminino disse...

Vim pra retribuir sua importante colaboração. E encontro esse texto...
Lindo, Mara.

Como sempre.
Beijos e bom fim de semana.

Anônimo disse...

Ué, Elianinha!
Juro que vi umas fotos de uma moça bonita, ontem aqui...
Será que bebi (café) demais?

Larissa Santiago disse...

q força!
tô vendo ele caminharrr...