sábado, 14 de junho de 2008

Todas as estações

Me dê a mão e vamos em busca do verão. A festa das cores que se espalha pelos países. Em cada fuso, rotação diversa deste calendário, veremos a pele dourar-se diariamente. E assim, o amor será a busca deste graal. A taça repleta de dias luminosos e noites frescas. E o sol será o cúmplice do êxtase, da duração indefinida desta noite e das outras. Vamos provar a divergência das frutas. Buscar o frescor, ir até onde reside a contradição. Viver o suor que escorregue, deixar a respiração sem controle, até encontrar o refrigério, sombra, árvore, água. E entraremos na água, dando aos nossos corpos a lição do prazer do desencontro. O prazer das temperaturas que se chocam e intensificam a vida, que é apenas a estação perene. A vida que se diverte, repetindo as mesmas sensações em todas as eras. A vida que não varia, que apenas faz girar uma estação depois da outra. E coloca a nosso dispor a errância e o gozo.

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