sábado, 7 de junho de 2008

Impossível

Guardei este beijo. Imaginei que assim preservaria a superfície inerte. Nem pelos eriçados, nem respiração assaltada. Ilusão de haver alguma água mansa. Beijo guardado como água quieta. Beijo reservado para dias de chuva. Beijo selado, etiquetando a fragilidade de nosso desejo. Eu quis entregar este beijo. Mas fiz o pacto com a distância, segui as ordens de um coração que mentia. Não sei se o beijo alimenta o amor. Não sei se o beijo dá asas para a paixão desabrigada. O beijo está vivendo em mim agora, o beijo é sinal da véspera do nosso encontro. Vai ser sempre assim: na véspera de te encontrar, vou colocar na bagagem o beijo que é só seu.

7 comentários:

Anônimo disse...

Impossível é comentar. Um beijo assim não se encontra em qualquer esquina da vida. Só pode, de fato, estar guardado e muito bem guardado.
Você anda tomando café com letras (todas as letras e ainda os versos e as estrofes), só pode ser.

(Ah, claro que está aceito o convite da página de comentários anterior).

Maria Elisabeth disse...

Boa noite ladies and gentlemen. Boa noite borboletas anônimas.
E por falar em beijo...um beijo na boca da bela estrada (chãos) de palavras de todos vocês. Que os seus lençois te cubram de beijos na véspera e que no sonho venha o dia do encontro. Acordem bem.
Sintam-se todos beijados.
Ciao. Beth.

Anônimo disse...

Como sempre lindo!!
Esse beijo doce. Esse encontro desejado.
Cheirinhos, flor.

Anônimo disse...

Beth,

Não consigo postar na tua página.
Mas o café estava delicioso. Igualmente bom está sendo te descobrir assim.

Maria Elisabeth disse...

Eliana,
criatura? você vai nos cobrar pedágio? if so, seja original...será que uma das anônimas a que tem múltiplas personalidades/borboletas – segundo eliana - me emprestaria algumas de suas borboletas? É inverno. Preciso de mais insetos pra polinizar minha roseira. Te darei em troca clorofila. Passe lá no meu blog que eu irei mais tarde lhe dedicar um texto – Clorofila. E vou te chamar de Clorofila. OK?

Então....
anomima ( a primeira - que NÃO É a segunda),
Obrigada pela visita. Mas se por acaso você voltar lá....não vá no quintal...é que minha colméia de abelhas está muito agitada com a revolução das borboletas...então tá perigoso ficar ali perto do jambuzeiro. Fique na sala. E se quiser começar a ler Mia Couto...eu já terminei.

Vou pagar meu pedágio à Eliana assim:
“Many people do not understand how you can experience ecstasy when you feel only pain. For this reason, you must understand what pain is.
Kahlil Gibran said:
“Your pain is the breaking of the shell that encloses your understanding.
Even as the stone of the fruit must break, that its heart may stand in the sun, so must you know pain. And could you keep your heart in wonder at the daily miracles of your life, your pain would not seem less wondrous that your joy.”.
(Gurumayi Chidvilasananda, 1989).

Namaste para todas e todos.
Beth

Anônimo disse...

Beth,
não é possível postar como anônimo no seu blog, esta a razão das dificuldades da primeira anônima. Você deve desabilitar a função que obriga à identificação se quiser comentários anônimos.

Anônimo disse...

Para Beth.
Impossível. Acho que deixei cair o pote. As borboletas se foram. Já eram. Clorofila? Gostei muito. Mas eu que eu prefiro...Rocrofila. Rocrofila é perfeito. Pode ser? E agora sem as borboletas? Podemos brincar de tangran!?