sexta-feira, 9 de maio de 2008

Poço

Para Celine, que me visitou no sonho


A água permanece parada. Para que os estrangeiros saltem na superfície. A água quer ser potável. E fica quieta, exibe sua superfície sincera. Diz tudo que há em si, na pele quase invisível. A agúa faz silêncio e traz à tona as sobras do discurso. Quieta e exposta, a água busca sua essência plástica. Água molde, água concha, água em concordância. Eu quero chegar ao estado de água. Quero parar e ser potável. Quero conter as formas do mundo. Quero aprender a fazer silêncios. Quero ser casa e cômodos do vento.

3 comentários:

Anônimo disse...

Muito honrado pela visita de uma escritora tão sensível e tão habilidosa com as palavras.
Seja sempre bem vinda lá no blog.
Grande abraço!
Sall
www.blogdosall.wordpress.com

Anônimo disse...

O que parece mais facil se torna dificil...Fazer o silêncio a cada momento. Principalmente para mim que em muitas ocasiões o silêncio se faz necessário.
Beijos
Francýs

Anônimo disse...

Ô flor,
Obrigada! Muito lindo como sempre, como tudo que você escreve e pensa, e transborda.

Você é a água, essencia e vida. Mistério.
Beeijos, muitos!
Ótima semanaa!

Se for mamãe, feliz dia, sempre!