sexta-feira, 11 de abril de 2008

Pontiaguda

Mas a tarde nova aparece. Da janela, eu ouço as crianças brincando no pátio da escola ao lado. E os mesmos pássaros da manhã triste, voltaram de suas andanças e me provocam. Minha janela tem uma floreira rebelde. Vejo um risco do oceano. Próxima ao mar a vida se intensifica. Mar convida para alegrias. Mar seduz para mergulhos sem volta. Eu sei que você prefere escrita altissonante. Eu sinto seu movimento em busca de um mapa cor de rosa e flores pelos caminhos. Ah, eu sei ser feliz quando é viável. E estando feliz, faço ruídos e dou saltos. Sem passar pelos véus da tristeza, desconfio da alegria de papel e plástico. Nego seu desejo de enfeites circulares. Tenho mãos amigas para compartilhar as alegrias do sol cutucando minha pele e minha alma. Alegria do beijo que está na memória me avisa que estarei amando outra vez. Para os próximos dias, prometo gestos de libélula.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bem, eu que leio: pontiaguda mas macia (e terna).