segunda-feira, 7 de abril de 2008

Paisagem sem sol

Feito de vidro este diálogo. Palavras quebradas e cortantes. Vidro em pó, essa distância. Engolimos uma geléia amorfa, o sentimento misturado à saliva, e apenas isso. Traçada no gelo esta conversa. Gelo bonito, até quando queima. E queimados por esta distância lisa, semelhante vidro que se quebra. Cerca de arame e desentendimentos. O amor partiu, em fuga. E restamos, nesta jaula de impropérios, solidão e vidros.

6 comentários:

Anônimo disse...
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Vee disse...

O amor partiu em fuga. Pudera!

Amor é bicho instruído

Amor é bicho instruído
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.


Beijos, a gente se fala!

Vee disse...

Ui, só podia ser ele mesmo: Drummond!

Eliana Mara Chiossi disse...

Uia, guriazinha,

lembrei do amor feinho da Adélia também.
Estou assustada com o amor e seus descaminhos.
Estou tirando férias de amor.
Fazendo mesmo uma desidratação. Até chegar no osso do amor em mim e entender o que se passa.


Amèlie, será que um dia a gente vai entender o que se passa???

Beijinhos,

Anônimo disse...

Nem toda paisagem precisa ter sol. E vc não precisa se cortar com esses vidros. Dá pra fazer deles uma arte, digna de olhares com amores, sem dores.


(( Vou te enviar outro email, tá? beijos ))

Vee disse...

Li, amore...

Sabe que no fundinho, no fundinho (com trocadilhos) não saber exatamente o que se passa é um delicioso travelling! Risos.


Li, quando der certo de conciliarmos nossos horários quero hablar contigo sobre Borges! Vi umas fotos dele e acho que em outra vida esse homem foi casado comigo. É!!! Muitos risos.