quinta-feira, 17 de abril de 2008
Gume
Na sala íntima observa o movimento pendular. Um vai e vem de querer o céu e esfregar a cara no chão. O medo maior é que descubram sua fraqueza. O medo sem tamanho. O medo infantil. Sob a capa quase invisível da maquiagem e do salto, ela esconde bem a solidão, a avareza. Dentro de si, protegida na pele de um corpo bonito e jovem, é apenas uma moeda rolando pela calçada. As faces de desilusão expõem sua mentira diária. Ela, vazia e rasa. Ela, crente em seus mitos. Ela, a mercê das reverências. Ela, enfim, em posição fetal, desejando que a luz do dia não interrompa suas verdades.
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Um comentário:
Emocionada.
"Se afunda tão raso, nao dá nem pra tentar salvar" (??)
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