segunda-feira, 10 de março de 2008
Eu escrevo porque não posso falar
Espero que você apareça. Deixo os cômodos vazios de meus pertences, para evitar constrangimentos. Antes de fechar a porta, preenchi as paredes. Em cada trecho, digo as várias formas que encontrei para esperar. Fixo no quadro algumas texturas da saudade. Também exibo as fotografias, provas irrefutáveis de que eu estava lá. Ninguém sabe por onde andas. Trocaste os endereços tantas vezes. Decidi então ser remetente e destinatário. Meu endereço é esta casa, e teu abandono. A preguiça dolorida de insistir e um par de malas me levarão para outras terras. Lá, onde abraços florescem nas calçadas.
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