sexta-feira, 7 de março de 2008

Carta que não vai chegar

Escrevi cartas. E aos poucos as cartas eram apenas objetos de papel lançados ao acaso. Escrevia cartas ao meu bem. E agora, tudo é apenas um arquivo de incompreensões. O silêncio é povoado. A multidão que habita nosso silêncio vocifera, pede sangue nas arenas. Não sai nada deste corpo. Ouvido inútil, a bomba do desamor fez o som chegar às alturas, até onde agora nada canta, nada brinca, nada vibra. Tímpanos em explosão, amnésia dos sentidos.

Um comentário:

Anônimo disse...

É. Assim não vale, é inútil escrever cartas.