Escrevi cartas. E aos poucos as cartas eram apenas objetos de papel lançados ao acaso. Escrevia cartas ao meu bem. E agora, tudo é apenas um arquivo de incompreensões. O silêncio é povoado. A multidão que habita nosso silêncio vocifera, pede sangue nas arenas. Não sai nada deste corpo. Ouvido inútil, a bomba do desamor fez o som chegar às alturas, até onde agora nada canta, nada brinca, nada vibra. Tímpanos em explosão, amnésia dos sentidos.
Um comentário:
É. Assim não vale, é inútil escrever cartas.
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