sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Conjugado

Você faz cada pergunta... Não sei! Já veio assim, desde o início. A germinação da guerra. E por isso eu digo que é paixão. Não daria pra amar desse jeito. Se eu ainda quero? Olha, falando sério, eu quero que ele morra. Mas prefiro que ele morra de amores por mim. Eu quero mesmo é ser a rainha dos sonhos dele. A protagonista. A santa. A idolatrada. A única. Todo esse papo furado de relação aberta. Ele não quis ouvir mais nada. O irmão dele saiu rápido, com aquele ar previsível, o covarde. De repente, no centro de tudo, lá estava eu com meu pescocinho a prêmio. Fogueirinhas da inquisição me cercando. Tudo mentira. Geração de liberais carentes, somos nós. Se eu quero ainda? Minha amiga, é a pior parte em mim que responde. A parte em mim que eu rejeito. Eu quero. E quero muito. Que ele venha. De qualquer jeito. E se chegar meio embriagado, me trazendo os restos da noite com outra, quer saber? Eu vou colocar o Chico pra cantar, e vou seguir os roteiros da canção. Vou cuidar dele como um menino. E pedir pra ele ser meu Édipo a noite inteira.

Um comentário:

Anônimo disse...

Você tem dignidade demais para isso. Entenda bem que nem tudo (ou quase nada) do que escrevemos é o que faríamos verdadeiramente