Quando iniciei este blog, eu era pouco entendida de blogs. E ainda sou. Quer dizer, não sou uma visitante e frequentadora assídua e esperta. Talvez eu seja ainda romântica. E escrita pra mim tem a ver com contato, impressões, vínculos. Sem saber o que acontece quando me exponho no blog e ele fica no ar, on line, me relaciono com ele de modo esparso, talvez até descuidado. Eu durmo, mas o blog fica acordado, luz sempre acesa. A rede que se constrói é que me espanta, e alegra. Estou num momento de vida em que a escrita, voraz, me empurra, me cutuca, dá chutes, me acorda no meio da noite. Há versos que acordam comigo, antes mesmo de eu ficar acordada, o que só acontece se injeto café no meu sangue. Este tom coloquial do blog, hoje, nem eu sei explicar. Estou menos textual. Mais cansada, mais dispersa. Ou apenas quero dizer para os visitantes do coração, que estão me dando colo e cházinho. E que a estes mimos não resisto. Quem sabe sou apenas uma filha de Clarice...
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