quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Mapa

Eu, nua em minha geografia. O tempo passou e expôs suas marcas nesta superfície que habito. Sou toda um perímetro desenhado. Passa um fio no meu contorno e se transforma numa reta, linha mensurada e finita. O que ultrapassa a linha, é feito de funcionamentos aéreos, diversos e esparsos. Máquina intraduzível, meu funcionamento é o segredo que compartilho com você. A palma da mão que me acompanha é uma peça desconhecida. Sei dela porque a vejo, diariamente. E estando disponível, dela faço usos necessários. Até me esqueço que tenho mãos e lados.
Eu, nua em minha geografia dessa hora alheia, penso no deslocamento sob asas e ainda assim eu estaria parada. Coincidindo sempre e afastada. Encontro geométrico inexato. Eu, minha superfície e as infinitas paisagens.

Nenhum comentário: