domingo, 2 de maio de 2010

Cidade

Cigarras trazem a tarde na bagagem. Cigarras ditam o final do dia. São batedores e acionam suas buzinas para dizer que a noite avança sobre a estrada. A noite se instala e as cigarras se recolhem. Fico só, com meus pensamentos ruidosos. E aguardo que amanhã, o dia seja inaugurado sem novidades. Que venham os pássaros, sujos e incômodos das ruas da cidade. Que venham o amor e o medo das traições. Que venham os abastados, os pedintes e os loucos. Que venham as crianças barulhentas, as cobranças, os atropelamentos, os doentes e os suicidas. Mas que sejam saudados, todos, pela luz certeira do dia. Até que a certeza das cigarras apareça, ainda que ninguém mais possa ouvi-las.

2 comentários:

Noslen ed azuos disse...

dias dstes me disseram que elas n mais explodem, engraçado, quando era criança elas explodiam, o mundo anda mudado, só o que n muda e meu querer de te ler e nada mais....

bjs
ns

Eliana Mara Chiossi disse...

"O quereres e estares sempre a fim, do que em mim é de mim táo desigual, faz-me querer-te bem"...

Fique sempre por aqui! Amei as fotos de Cuba. Quero ir pra lá estudar cinema... Vamos?

beijos