Para atender aos seus pedidos, montei o espaço para o banho. A dança dos quatro elementos, convidados para o ritual, no quadrado íntimo do meu quarto. Incenso, velas, flores e água, a mestra de todos os instantes. Roupas prontas e adornadas. O toque final do perfume. A maciez das toalhas e toda a conversa com os espelhos. Ofélia ao contrário, bem amada, alimentada pela robustez do amor deste homem viril e impaciente. Para a dinâmica e contraste, fiz deste banho uma peça musical rumorosa. Gestos de amanhã e sobre a minha pele, reconhecimentos. O carinho oleoso da lavanda e para o encerramento da festa, a cama intacta. Fecho meus olhos e perco a noção do tempo. Enquanto durar o banho, enquanto estou aqui imaginando a perseguição preguiçosa dos seus olhares, o mundo fica suspenso.
3 comentários:
Que delícia! Estou precisando de um banho assim! Tão leve, tão despretensioso... Tão cheiroso... Tão confessado de amor sadio... Sem esperas, apenas sendo! A vida precisa de pausas... hummmmm
Bom dia, Eliana! Muito prazer!
Visito-lhe em retribuição à gentileza que discretamente me fez ao colocar-se como seguidora do meu blog, “segredos de Capitu”... Obrigada! Será sempre bem-vinda!!!
Fiz um belo passeio pelos seus escritos!!! E que delícia de passeio!!!! Peço licença para colocar-me como sua seguidora também!
Beijo grande!
Que bonito e acolhedor,, estranha palavra acolhedor, só se for dor de prazer; e é ridículo senão não é amor as cartas de amor.
ns
Ei Elianinha,
me passa a toalha, por favor... rss
Gostei do comentário do Nelson ao contrário. Mas estranha mesmo seria a palavra rodehloca...
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