Para o homem de aparição meteórica
A nossa talvez tenha sida a mais curta de todas as noites de um casal. Uma noite tão curta que nem sei dizer quando começou e se teve fim. Aguardei ansiosa o momento, desejei que o momento chegasse e imediatamente fosse ultrapassado pela madrugada. Estava mais confortável dentro de mim, lá onde o àlcool afrouxava os medos. Apertei sua mão. Nosso primeiro contato. Toquei seu rosto, de leve. Senti a proximidade dos nossos lábios e interrompi a seqüência arriscada. Já era o momento do licor, gosto adocicado me protegendo. De repente, você coloca sobre a mesa dezenas de cartas que escrevi. Não sabia o que dizer diante do inesperado: você não leu nenhuma delas. Estavam intactas. Pensei em partir, já buscava a bolsa e alguma firmeza nas pernas. Antes disso, você me disse que iria lê-las agora, comigo. Não havia tempo, meu amor. O avião me aguardava, em breve, na cidade ao lado. Insisti. Fomos para o carro, em silêncio. Na porta do hotel, já era muito tarde. Outro país me aguardava.
7 comentários:
((oops, postei com login errado))
Muitas outras cortinas te aguardam...às vezes, na mesma janela.
Obrigada pela visita, flor. Fico feliz quando vai em MôCasa. rs
Podemos fazer um encontro das Lidias, mas eu prefiro fora do blog. =D
Beijoos
Olá!!!
Tem post do RM lá no Leve & Solto...
bj
Minha cara amiga,
Acho que estou falando da mesma coisa, só que num personagem mais dramático, no meu último texto no blog Spleen rosa-chumbo.Quando tiver um tempinho,me visite. Tô rasgando o meu coração pros amigos verem, só pra exorcizar.
Grande abraço
Oieee!!!
Adorei a idéia do café... Me diga com antecedência quando estará em SP para que dessa vez dê certo mesmo.
bjs
Mara
Ô baianinha,
abra estas cortinas aí (e também as janelas) e solte novos textos para seus leitores fiéis, afinal já deu tempo pra você se acostumar ao fuso... Ou o Mundo ainda está meio confuso?
Rsss... Por aquela vez escapou.
Arriscaria de novo?!!!
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