quarta-feira, 4 de junho de 2008
Cuidado, frágil
Deixe de ser pedra, quando eu estiver vestida de vidro. Não é bom te encontrar edifício, quando estou com medo de altura. Teus dias de espada, teus momentos de faca, tuas horas de granizo. Tudo que em você é ferramenta de ataque, máquina de causar dor, técnica de desprezo e desatenção, tudo pode me deixar frágil. Ainda mais se eu chegar pássaro amador, menina tímida, peça de cristaleira. Tem flores que desaparecem com o sopro. E há tempos em que as folhas ficam presas por um fio. A teia não resiste ao golpe de uns braços. Até o dia não resiste e se esgota sempre. Frágil é este instante em que me amas e tudo te assusta. Não dura muito esta paisagem. Vai embora a água que te banha e rapidamente cessa o efeito da limpeza. Ao me ver chegar, ainda virando a esquina, seja o meu super-herói. Seja o colo para meu descanso. Seja o ombro para meu desencanto, abrigo da tristeza que me acompanha. O que me fragiliza e o que me cansa é o volume do rádio, tão baixo. Me dê a mão e coloque a nossa trilha sonora em ponto de escândalo. A estrada virá, ao nosso dispor.
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4 comentários:
Lindo! Feminina, meiga, amante.
Sabe do amor.
Beijos, flor.
Boa Tarde
Celine, querida,
qual é o seu email?
Vamos tomar um café na semana que vem?
Gosto de escrever sabendo que você vai ler.
Beijos
Meu email é
celis_publisher@hotmail.com
Vc já consertou o seu? (meu email tava indo para spam)
Vamos tomar um café sim.
=D
Adoro ler o que vc escreve e imaginar o que vc sente.
Frágil sim, como o sonho de menina e a vida esquina.
Mas vai ter que ir de jipe mesmo: "se já nem sei o meu nome...".
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