terça-feira, 13 de maio de 2008
Retórica
Fala comigo, outra vez. Escande as palavras. Fala mais uma vez e por detalhes, toda a viagem planejada. Enuncia, novamente, os portos de sua parada. Diga boca, pernas, mãos, ventre, seios, braços, língua, boca, boca, boca. E quando falar, olhe nos meus olhos, meus olhos como leme, meus olhos, olhos de sereias que cantam. Seja meu Ulisses e não deseje os braços da quimera distante e devassada. Ao longe, não há prazeres. Vamos festejar o alimento que temos agora. Lá fora, há apenas frio e luzes demais. Fala comigo. Declara em seu escândalo o teu desejo e receba a minha fúria.
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6 comentários:
Mara,
Uma farfalla desembarcou na ilha das flores...
De helianto em helianto, de lantana em lantana, de margarida em margarida, de acácia em acácia....
Dos desembarques ao orgasmo de néctar,
no meio das cores...perdeu a fala.
"Declara em seu escândalo o teu desejo e receba a minha fúria."
A minha fúria.
Boa semana, Mara. Flor linda dos jardins que cheiro.
Belíssima retórica.
O livro já está pronto?
Como foi de fimdi em Sampa?
Beijos, querida. Adoro passar por aqui.
Mara, vim aqui para deixar um recado (quero seu email ou seu celular, perdi minhas anotações) e acabei lendo retórica...
muito bom.
te mandei um email no seu email do gmail e não recebi resposta, acredito que esteja errado. vê se me escreve hoje ok? rclviana@yahoo.com.br
beijos
Rosana
Lindo texto.
Flor?!
Cadê você?
Saudades
Beijos
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