sexta-feira, 28 de março de 2008

Declaração

Talvez não seja impulso, talvez seja amor. Quando eu amo, eu me esqueço. Dobro com mais calma os lençóis. Dobro os lençóis enquanto suspiro. Acho graça nos lençóis. Quando eu amo, vou para a cozinha e faço café. Acho linda a borboleta que pousou na janela do carro. Quando eu amo, tenho toda a paciência com minha mãe e também com os meninos que me param nos semáforos. Quando eu amo, penso em várias idéias sobre como ser boa. E tenho preguiça de realizar. Quando eu amo, eu quero ficar mais bonita. E me desgasto com qualquer véspera de espinha no rosto. Quando eu amo, deixo de sentir inveja. Não me irrita o toque do telefone, a cor das suas meias, a chuva desfazendo meu penteado, a unha encravada e o garçom que nunca mais trouxe a conta. Quando eu amo, faz uma fogueirinha aqui dentro, meus olhos brilham e minhas mãos são agentes de carícias. Quando eu amo, eu me lembro.

2 comentários:

Anônimo disse...

aiiii como eu amo cada vez mais isso aqui. :DO amor me faz amar mais...a tudo que eu já amo, na verdade. rsrs
Beijinhosss
=**

(por onde vc anda aqui em Salvador?)

EU-Ñ,NÓS disse...

...quando eu amo o mundo me parece um brinquedo que eu estaria disposto a dividi-lo com quem se aproximasse de mim.
...quando eu amo nada me atinge, senão essa coisa indescritível que me amolece, me torna forte e frágil, presa e caçador, rico e pobre, deus e homem.
...quando eu amo!!!