domingo, 16 de dezembro de 2007

Meu amigo distante

Me acostumei com o horário comercial de nossos contatos. O domingo vai deixando a cena e meu coração começa a esperar o ritmo do contato que temos de segunda a sexta-feira. Desde que nos conhecemos, isso tem sido diário. Falo mais com você do que falo com minha mãe, meu namorado, meu filho que mora comigo, meus melhores amigos, meus deuses. Falo com você diariamente, mesmo quando não estamos juntos, nos emails diários e numerosos que trocamos e no diálogo intenso nos nossos blogs. Quando vejo belezas, quando me espanto com as maldades do mundo, quando algo me leva aos risos, falo com você. De vez em quando, me sinto apaixonada e a amizade fica outra. Desejo teu toque, desejo ouvir tua voz mais uma vez. A paixão sai para passear. Nem sei se ela volta hoje. Mas meu coração está habitado pela sua presença. Meu amigo querido, que me ensina a olhar para todos os céus que estão dispostos para mim, receba meu abraço, envolto no papel de seda da ternura antiga.

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