Para Sandro, que me indica os clássicos
Amor e ópio, minha medicina!
Trazem-me a vida e basta-me esta ânsia:
A embriaguês desenha minha sina
E só no amor encontro substância.
No fogo da paixão me alimento
E bebo deste vício, dia a dia.
Meu companheiro vivo, este tormento
Eterna fome, eterna melodia!
Se alguns me recomendam amor tranqüilo
Retruco de antemão e já declaro
A indisposição p´ra calmarias.
Nem fé nem lei posso encontrar naquilo
Que me transforma em cão e retira o faro,
Ameaça gozo e glória dos meus dias.
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