terça-feira, 5 de junho de 2007

Para Maricotinha, que me pediu um copo d´água

Quando as águas secam, e isso acontece na fieirinha cega dos segundos, todos os riachos se disfarçam em caminhos. Caminhos delicados, desenhandos margens de flores em estado de promiscuidade. Todas elas, misturadas, agarradas sem pudor. Uma paleta desordenada, formando manchas chuviscadas de cor, que formam flores. Mundo natural, desenhado com finos traços, por uma legião de criadores, todos os pequenos deuses e artesãos do infinito de belezas. Falta verdade nessa história de que houve um artista (Deus, talvez?), que , sozinho, numa solidão de dar dó, fez essa festa para os sentidos.

5 comentários:

mari celma disse...

Você não apenas me trouxe água, você também chegou como sol no quintal. Adorei a imagem das flores promíscuas. Acho que não tem promiscuidade mais delicada. Obrigado por me trazer um copo d´água...muito, muito grata.

Unknown disse...

Lindo! Duvido que um só deus tenha feito toda essa beleza orgíaca em solidão monástica (nossa, que adjetivos beges...)
Saudade, Li.
Beijo*

anjobaldio disse...

Belo texto. Lindo blog.

Joel Almeida disse...

Gostei!

anjobaldio disse...

Teu blog está "linkado" no anjo baldio. Grande abraço.